Processo formativo FOLHAS: constituição subjetiva de conhecimento de professor de química

Autores

  • Belmayr Knopki Nery Universidade de São Paulo.
  • Otavio Aloisio Maldaner Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
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Palavras-chave:

Conhecimento de Professor de Química, Constituição do Sujeito Professor, Formação Continuada

Resumo

Este texto apresenta novos resultados da pesquisa desenvolvida sobre o Projeto Folhas. Trata-se de um programa de formação continuada, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, que consta basicamente de textos didáticos dos componentes disciplinares da educação básica que são produzidos pelos professores e validados entre pares. O Projeto foi primeiramente investigado em pesquisa de mestrado no Programa de Educação nas Ciências da UNIJUÍ, como um programa de formação continuada para professores, no campo curricular da química. Para o presente trabalho, foca-se o olhar, ora mais aguçado, sobre a possibilidade de constituição do sujeito professor-autor de Folhas, tendo como referência teórica o conceito de formação na acepção de constituição, esta ocorrendo intersubjetivamente, no referencial vigotskiano. Analisam-se amostras discursivas selecionadas em entrevistas de três professores na perspectiva da sua constituição subjetiva ao construírem conhecimento de professor de química via processo formativo. Pesquisam-se elementos da significação ocorrida durante as etapas de produção e validação quanto ao tratamento dado aos conteúdos químicos, no texto Folhas, com foco: i) na elaboração conceitual versus matematização; ii) na problematização/contextualização; iii) na interdisciplinaridade. Esses itens evidenciam a apropriação de conhecimento de professor de química, fazendo parte, constituindo primordialmente o sujeito professor. Conclui-se que o professor de química que participa do processo Folhas (re)constrói intersubjetivamente significados do conhecimento de professor de química em processo fundamentalmente interativo, portanto, constitutivo. Ao escrever tendo como interlocutor seu aluno, juntamente com os outros requisitos do formato do texto, produz sua aula, de certo modo, produz seu ensino, mas, não qualquer ensino; um ensino de química nas perspectivas conceitual e contextual. E, ao vivenciar o processo de validação, em interação com seus pares, negocia significados e sentidos para o seu texto, sua aula, e em decorrência, seu ensino.

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Publicado

2018-06-19

Como Citar

NERY, B. K.; MALDANER, O. A. Processo formativo FOLHAS: constituição subjetiva de conhecimento de professor de química. Formação Docente – Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de Professores, [S. l.], v. 3, n. 5, p. 109–126, 2018. Disponível em: https://revformacaodocente.com.br/index.php/rbpfp/article/view/50. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos