Formação docente para as relações étnico-raciais: o que dizem professores de sociologia do ensino médio?

Autores

  • Isabela Rodrigues Ligeiro UEMG
  • José Eustaquio de Brito Universidade Estadual de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.31639/rbpfp.v13i27.476
Abstract views: 1057 / PDF downloads: 887

Resumo

Esse artigo apresenta resultados de uma pesquisa de mestrado em educação, realizada entre 2018 e 2019, que objetivou compreender como aulas e atividades propostas por professores de sociologia do ensino médio têm contribuído para o desenvolvimento de uma educação das relações étnico-raciais tendo em vista a implementação da Lei 10639/03. O tema da formação docente e relações étnico-raciais se fez presente de forma recorrente na pesquisa. Esse artigo aborda implicações dessa lei para formação docente considerando as diretrizes que orientam essa formação. Foram entrevistados 7 (sete) professores de sociologia do ensino médio em atividade na capital mineira e Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os dados da pesquisa revelam que, não obstante a obrigatoriedade do ensino de história da África e cultura afrobrasileira, a formação inicial vivenciada pelos sujeitos da pesquisa não contempla, de forma satisfatória, a abordagem do tema.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.
 PlumX Metrics

Referências

ALMEIDA, Sílvio. Racismo estrutural. São Paulo: Suely Carneiro; Pólen, 2019.

ANDRADE, Maíra Pires. A branquitude e a colonialidade na prática docente na educação básica (2000-2015). Revista da ABPN • v. 10, Ed. Especial - Caderno Temático: História e Cultura Africana e Afrobrasileira – lei 10.639/03 na escola. Goiânia, maio de 2018, p. 238-264.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). 2019.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n. 02/2015, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Brasília, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, seção 1, n. 124, p. 8-12, 02 de julho de 2015.

BRASIL. MEC/SECAD. Educação anti-racista : caminhos abertos pela lei federal Nº 10.639/03. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Brasília. 2005. 236 p. (Coleção Educação para todos).

BRASIL. MEC. Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003.
Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. 2003.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução cne/cp 1, de 18 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. 2002.

COELHO, Wilma de Nazaré Baía. Formação de professores e relações étnico-raciais (2003-2014): produção em teses, dissertações e artigos. Educ. rev. Curitiba, v. 34, n. 69, p. 97-122, jun. 2018. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602018000300097&lng=pt&nrm=iso>. https://doi.org/10.1590/0104-4060.57233

GOMES, Nilma Lino. Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo sem Fronteiras, v.12, n.1, pp. 98-109, Jan/Abr 2012.

GOMES, Nila Lino. Diversidade étnico-racial como direito à educação: a Lei nº 10.639/03 no contexto das lutas políticas da população negra no Brasil. Belo Horizonte: XV Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino, ENDIPE, 2010(no prelo). 2010.

GONÇALVES e SILVA, Petronilha Beatriz; BARBOSA, Lúcia Maria de Assunção (Orgs.). O Pensamento Negro em Educação no Brasil: expressões do movimento negro. São Carlos, SP: EdUFSCar, 1997.

HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2017.

MIGNOLO, Walter D. Colonialidade; o lado mais escuro da modernidade. Rev. bras. Ci. Soc., São Paulo , v. 32, n. 94, e329402, 2017 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092017000200507&lng=pt&nrm=iso. https://doi.org/10.17666/329402/2017.

MOREIRA, Adilson. Racismo recreativo. São Paulo: Editora Jandaíra, 2019.

MUNANGA, Kabengele (Org.). Apresentação Superando o racismo na escola. [Brasília]: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 1999. 204p.

Downloads

Publicado

2021-09-15

Como Citar

RODRIGUES LIGEIRO, I.; BRITO, J. E. de. Formação docente para as relações étnico-raciais: o que dizem professores de sociologia do ensino médio?. Formação Docente – Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de Professores, [S. l.], v. 13, n. 27, p. 11–26, 2021. DOI: 10.31639/rbpfp.v13i27.476. Disponível em: https://revformacaodocente.com.br/index.php/rbpfp/article/view/476. Acesso em: 21 dez. 2024.