A Questão do intelecto na formação do “mestre”:  Uma leitura tomasiana

Isabella Carolina de França Martins; Terezinha Oliveira

doi:10.31639/rbpfp.v15i32.685

Autores

Isabella Carolina de França Martins Universidade Estadual de Maringá
Terezinha Oliveira Universidade Estadual de Maringá (UEM) https://orcid.org/0000-0001-5349-1059

DOI:

https://doi.org/10.31639/rbpfp.v15i32.685

Abstract views: 316 / PDF downloads: 280

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar o conceito de intelecto apresentado na questão 79 da Suma Teológica com a contribuição do livro A unidade do intelecto contra os Averroístas, a fim de entendê-lo como um conceito perene que nos permite refletir sobre a aprendizagem do ser humano contemporâneo. Para Tomás de Aquino era imprescindível que seus alunos compreendessem o intelecto de modo que contribuísse no processo de ensino quando, futuramente, se tornassem mestres. O intelecto, para ele, era essencial para definir o ser humano como uma espécie capaz de descobrir, aprender e ser responsável por suas ações. Nosso estudo teve como fio condutor a História Social (BLOCH, 2001; BRAUDEL, 1992; LE GOFF, 1990), que considera que os acontecimentos sociais são oriundos das constantes mudanças econômicas, sociais e políticas. A pesquisa possibilitou observar que a concepção de intelecto de Aquino possui princípios essenciais para entendermos o homem como um ser dotado de potencialidade intelectiva.

Downloads

Não há dados estatísticos.

PlumX Metrics

Referências

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. 4.ed. São Paulo: Nova Cultura, 1991.

ARITÓTELES. De anima: livros I, II e III. 1. ed. São Paulo: Ed. 34, 2006.

BLOCH, Marc. Apologia da história, ou, o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

BONI, Luís Alberto de. A entrada de Aristóteles no Ocidente Medieval. Dissertatio: Revista de Filosofia do Departamento de Filosofia do ICH/UFPEL, v. 1, p. 66-106, 1995.

BOVETO, Lais. OLIVEIRA, Terezinha. A potencialidade na filosofia da educação antiga e medieval. Educação e filosofia, v. 35, n. 74, 2021.

BRAUDEL, Fernand. Escritos sobre a história. São Paulo: Perspectiva, 1992.

DUQUE, Baldomero Jiménez. Seminários menores e colégios diocesanos. Revista Educação, n. 5, p. 141-143, 1952.

GILSON, Étienne. A existência na filosofia de S. Tomás. São Paulo: Duas cidades, 1962.

HARARI, Yuval Noah. Sapiens: uma breve história da humanidade. Porto Alegre, RS: L&PM, 2015.

LIBERA, Alain de. A filosofia medieval. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: UNICAMP, 1990.

LE GOFF, Jacques. Uma longa Idade Média. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

LE GOFF, Jacques. Os Intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.

LAUAND, Luiz Jean. Tomás de Aquino: vida e pensamento – estudo introdutório geral. In: TOMÁS DE AQUINO. Verdade e Conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2011. p. 1-18.

MENDES, Claudinei Magno Magre. A importância da pesquisa de fontes para os estudos históricos. Acta Scientiarum Education, v. 33, n. 2, p. 205-209, 2011.

PAIVA, José Pedro. A administração diocesana e a presença da Igreja: o caso da diocese de Coimbra nos séculos XVII e XVIII. Lusitania Sacra, n. 3, p. 71-110, 1991.

SANTIN, Rafael Henrique. A proposta tomasiana para a formação do educador no ocidente medieval do século XIII: o intelecto como o princípio essencial da sabedoria magistral. 2018. 195 f. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-Graduação, Maringá, 2008.

SANTIN, Rafael Henrique; OLIVEIRA, Terezinha. Intelecto, educação e formação docente na Suma Teológica de Tomás de Aquino. Práxis educativa, vol. 14, núm. 2, 2019.

TOMÁS DE AQUINO. A unidade do intelecto contra os Averroístas. São Paulo: Paulus, 2017.

TOMÁS DE AQUINO. Questão 75 e 79. In: TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. São Paulo: Loyola, 2001.